A data de 27 de julho é lembrada como o dia nacional do combate ao câncer de cabeça e pescoço. Com a campanha “julho verde”, profissionais da área de saúde chamam a atenção para este tipo de câncer, que é o sexto mais comum, vitimando cerca de 10 mil pessoas por ano no país, segundo dados do Ministério da Saúde.

Conforme o médico especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Oncolog, Erik Bustamante, tumores de cabeça e pescoço são considerados aqueles que podem se desenvolver na boca, faringe, laringe, fossas nasais, seios paranasais, glândulas salivares e na tireoide.

“Os tumores de cabeça e pescoço, são as lesões compreendidas entre a base do crânio e as clavículas, não sendo consideradas as lesões do cérebro, que é de competência do neurocirurgião. Podem ser lesões de lábios, cavidade oral (língua, gengivas, assoalho da boca, palato, garganta, pregas vocais e laringe, pele da face e pescoço, cavidades nasais e seios da face, glândulas salivares, tireoide, nódulos cervicais primários ou metastáticos”, explica o especialista.

Segundo dados do Ministério da Saúde, os sintomas do câncer de cabeça e pescoço podem variar dependendo da localização do tumor, mas os mais comuns incluem feridas ou úlceras que não cicatrizam, dor persistente na boca, garganta ou ouvido, mudança na voz, dificuldade para engolir, entre outros.

Para Erik Bustamante, é importante que o paciente se atente às alterações que possam surgir no corpo e, assim que elas forem identificadas, um especialista seja procurado. Cerca de 70% dos casos de câncer de cabeça e pescoço são descobertos em estágio avançado, devido à falta de informação da população sobre a doença

“Por volta de 98% dos tumores em cabeça e pescoço estão relacionados ao tabagismo. E se esse paciente, normalmente, consome muita bebida destilada, o que faz com que essa progressão aumenta em dez vezes”, pontua Bustamante.

São estimados pelo menos 39 mil casos de câncer de cabeça para o próximo triênio entre 2023 e 2025 “É importante que se persistirem qualquer um dos sintomas que citamos, o paciente procure um especialista o mais rápido possível para que o tratamento seja iniciado”, frisa o especialista.