Embora represente apenas 3% dos casos, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer de pele. Por este motivo, maio é o mês dedicado para falar sobre essa variação, responsável por 1.800 mortes todos os anos, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Rafael Sodré de Aragão, cirurgião oncológico da clínica Oncolog, alerta que o uso do protetor solar não é o suficiente para prevenir o desenvolvimento de um câncer de pele.

“É bom lembrar que precisamos iniciar o uso do protetor e de barreiras mecânicas desde a infância. Os raios solares têm efeito cumulativo, então é preciso fazer as medidas de contenção com roupa, chapéu e protetor solar desde cedo”, explica.

O especialista adverte que o protetor solar precisa ser aliado às roupas de proteção UVA e UVB. Principalmente, entre às 10h e às 16h, quando a exposição dos raios ultravioletas e a incidência solar é maior.

O câncer de pele se divide em três tipos mais comuns: carcinomas basocelulares e carcinomas espinocelulares, que correspondem a cerca de 90% dos casos diagnosticados. Já o terceiro, o melanoma, é responsável pelos 10% restantes. No entanto, é o mais agressivo e letal dos três. A taxa de mortalidade desse tipo de câncer é estimada em quase 9 mil casos por ano.

A hereditariedade também é um fator importante de se observar quanto ao desenvolvimento do melanoma no paciente. É preciso saber se há histórico familiar, pois, a partir dessa informação é possível fazer um rastreamento e detectar lesões mais precoces.

“É importante descobrir o tipo de gene envolvido e se a mutação é hereditária para ser possível iniciar um tratamento precoce e com um rastreamento mais efetivo nas famílias”, explica Aragão.

As áreas do corpo comumente acometidas pelo câncer de pele variam de acordo com o tipo da doença. No caso dos carcinomas basocelulares e espinocelulares, os locais mais afetados são os mais expostos ao sol, como o rosto. Também é muito comum que os carcinomas apareçam na região de orelhas, ombro, dorso, nas mãos e braços.

Já o melanoma, tem apresentações mais atípicas e que costumam surpreender os pacientes, uma vez que pode surgir em qualquer parte do corpo. Há uma variação que atinge os olhos e, em alguns casos, as mucosas internas, intestino e até o estômago.

Quanto ao tratamento adequado, existem diversas possibilidades de tratamentos. “A Oncolog dispõe de cirurgiões especializados, oncologistas e geneticistas capazes de tratar o paciente com terapias modernas”, conclui o médico.